Depoimentos
“Ronald Junqueiro, um jornalista, um excepcional escritor e, antes de tudo, um grande amigo. Minha amizade com Ronald começou quando ele nos procurou para publicar seu livro Berlinda – asas para o fim do mundo. Inteligente e de sensibilidade sem par, Ronald sabia comover pelas suas palavras faladas e escritas. Quando necessário sabia ser irônico, mas nada que tivesse a intenção de ferir seu interlocutor. No seu talentoso modo de escrever, Ronald transitava entre mundos diferentes com versatilidade e distensão como se estivesse percorrendo o caminho entre sua casa e seu local de trabalho. Essa versatilidade e essa distensão revelam-se no Berlinda e estendem-se ao seu novo livro, #SeTokyo, também publicado pela Editora Paka-Tatu. Por meio de sua pena, Ronald nos revela seu olhar transcendente ao bipolarismo sugerido pelos títulos. Na realidade, em seus escritos, Ronald faz uma viagem de circunavegação a desafiar o tempo e o espaço. Passeia por Berlim, por Tóquio e de repente aparece em São Caetano de Odivelas quando invoca os “cabeções” do “Boi de Máscara”. Mas pode estar em outra parada qualquer…”.
Armando Alves Filho
Editora Paka-Tatu
“Conheci o Ronald quando ele era chefe de reportagem no Jornal Liberal. Trabalhamos juntos por um bom tempo, uma ótima parceria que se tornou amizade com o passar dos anos. E como sempre gostou de imagem, desde o início entendeu a minha forma pouco convencional de fotografar e também de viver. Ronald foi alguém com quem eu sempre troquei ideias/sentimentos sobre o que é efetivamente essencial nesse mundo, ele tinha uma inteligência aguda/transversal (e isso está em sua obra) e uma imensa generosidade. Ah! E também a gente ria muito, principalmente de nós mesmos. O Ronald sempre me mostrou os projetos dele, os escritos e conversávamos muito sobre essas criações. Mas não sabia quase nada sobre o #SeTokyo, não acompanhei o processo dele de pesquisa, então, quando comecei a ver essa obra surpreendente eu fiz o exercício de tentar ouvir o Ronald.”
Paula Sampaio
fotógrafa
“Conheci o Ronald num trabalho solicitado pela embaixada do Brasil, em Tóquio, para ser intérprete dele durante o tratamento hospitalar, após acidente com fratura. Foram uns dois meses em conversas, invariavelmente no café do subsolo do hospital, sobre os mais diversos assuntos.”.
Humberto Satoshi Ito
nipo-brasileiro radicado no Japão, atua como tradutor e intérprete e artesão do couro e de tecidos nas horas vagas
“Tendo a oportunidade de realizar o projeto gráfico do livro “#SeTokyo”, utilizei-me do aprendizado em proporção áurea para a construção do design editorial, principalmente na capa. Como o desejo do autor da obra era metade de um sol vermelho na capa, o projeto foi criado a partir de círculos áureos para representação do “Sol japonês”, usando retângulos áureos para definir o grid, assim também utilizando os segmentos áureos para os espaçamentos da palavra “#SeTokyo”. A ideia da construção da capa foi utilizar a harmonia que a proporção áurea nos oferece para compor uma ligação de Belém com o Japão, utilizando alguns elementos ou representações marcantes das duas culturas.”
Luciano Silva
publicitário e designer
“Entrei no Grupo Liberal em 1997, na Libnet, que era o melhor provedor de acesso de Internet na época. Minha principal função era a de desenvolver design digital para o portal da Libnet e O Liberal on-line. Algum tempo depois, fui designado para trabalhar também na Troppo, revista encartada no jornal O Liberal aos domingos. Um pequeno grupo de profissionais atuava na versão on-line dessa revista, sob o comando de Ronald. Ele era um grande jornalista, colega de trabalho e amigo. Sinto falta desse tempo. Fiquei emocionado em desenvolver o site do Ronald Junqueiro, porque além dele ter sido meu chefe, era um profissional sensacional, super competente e amigo que podíamos contar a qualquer hora. Sua lições e dicas de vida eram marcantes e únicas. Para a construção do site, levou-se em consideração uma estética simples e uma estrutura de fácil manejo. Lembrei que o Ronald tinha uma percepção aguçada e cheia de elucubrações artísticas, mas gostava de aplicar no ambiente de trabalho resultados práticos, simples e que resolvessem cada solicitação pedida. Acho que posso resumir em uma palavra: pragmatismo. Lembro de um episódio que tivemos que alterar todo o site do O Liberal on-line em apenas 8 horas. Foi desafiador, mas no fim, deu tudo certo. Missão cumprida!”